quinta-feira, 16 de abril de 2009

NOSSA MARAVILHOSA E DINÂMICA LINGUA PORTUGUESA

Atualmente uma das grandes discussões em nossa terra "brasílis" gira em torno do Acordo Ortográfico envolvendo os países falantes do português. Recentemente alguns integrantes a Academia Brasileira de Letras - ABL - foram a Portugal tenta resolver impasses que dizem respeito a aceitação desse acordo por nossos irmãos portugueses.
Aqui no Brasil para facilitar a assimilação das mudanças pelos usuários da lingua foi publicado uma "bíblia" contendo as novas mudanças ocorridas a patir do acordo.
Nesse contexto de mudanças não faltou aquilo que se faz presente em todos os temas polêmicos: uma lado partidário das mudanças refletidas pelo acordo; e outro que se recusa a aceitar a vigência do novo Acordo.
Na condição de Licenciado em Letras Português, Linguística e Literatura trazer ao bojo da discussão a característica dinâmica da Língua portuguesa. Quer façamos Acordo, quer não façamos, uma coisa é inegável: A língua é rio caudaloso, como também o é o processo da fala. Isso é importante porque embora o referido acordo esteja restrito ao processo da escrita de algumas palavras não podemos sermos escusos ao fato de que, ainda de forma um pouco mais lenta, a escrita sofre esse processo dinâmico das transformações.
Essa é uma característica maravilhosa da comunicação. Para termos uma ideia/idéia disso basta lembrarmos a forma como as pessoas do Brasil colônia utilizavam o pronome de tratamento conhecido hoje como VOCÊ. Os membros da sociedade para se dirigirem uns aos outros cumrimentavam-se dessa forma: "VOSSA MECÊ" que passou a VÓS MECÊ (com algumas variantes vulgares como SUNSÊ, OCÊ) depois para VOCÊ e agora apenas CÊ. Se aprfundarmos um pouco mais essa discussão vamos lembrar do cumprimento: VAMOS EMBORA. Tudo começou com a despedida: VAMOS EM BOA HORA, depois: VAMOS EMBORA, VAMBORA, SIMBORA, BORA. Agora os jovens até incrementaram mais ainda esse termo. Hoje eles dizem: VAMO VAZAR, VAMO CHISPAR, VAMO CAPAR O GATO(vem cá o que que o gato tem a ver com isso?), TÔ INDO e o mais moderno: FUUI.
Portanto criar regras rígidas e acabadas e pré-estabelecidas para a Língua - escrita ou falada - como se fosse uma bula de remédio com indicações e contra-indicações de uso pode se um equívoco se lembrarmos da experiência do Esperanto. Esse é um tema que antes de aprovado deveria ter sido submetido ao crivo popular através de ampla discussão nacional. "MAIS UMA MANGA QUE NOS FIZERAM CHUPAR". Fuui.

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